Alexisandros

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Mil e Um Textos, Mil e Uma Ideias.

Mil e Um Textos, Mil e Uma Ideias.
Ocorrem-me mil e uns textos a escrever.
A minha cabeça está a funcionar a energia nuclear
limpa, clara, com um potencial extraordinário de ideias sentimentos, consciencializações...

contudo, devido a enchente de ideias, sensações, consciencializações, torna-se inevitável um certo atropelo das mesmas, sem que estas se exprimam idóniamente das outras.
Resulta que todos e mais alguns, os textos, que possa escrever, não serão nada mais que simples debates internos escritos e nunca uma terapia de auto-ajuda.

Não faz então sentido escrever. Se não me entendo a mim, não exponho ideias limpas para que quem os lê possa dar-me outros horizontes.

Parte agora de mim, uma introspecção de valores e atitudes. Que só serão escritos conforme a sua clareza de ideias

Austeridade da Severidade


Houve uma vez que a minha vida desmoronou-se devido a uma vontade de outros, cuscarem o Eu, guardado a sete chaves em escritos.

Desta vez sinto o mesmo, parece que é recorrente que todas as minhas derrocadas, partem da revelação do meu intimo aos outros e por arrastamento ao Eu consciente e altivo de valores.

Injusta esta posição de sentir que é por uma acção de valores errados que trazem a mim a minha derrocada. Ainda para mais, quando o Eu consciente tem de validar as criticas recebidas, da revelação do Eu escrito.

Eu alinho na critica dos cuscos e adoptando ainda uma postura mais severa que os “criticandos”, Arraso-me, derrocando em desmembramentos psicológicos, auto-análises que tentam validar a resposta severa de mim, ao Eu revelado pelos outros.

Ideias (ou alucinações) soltas


Porquê será que eu necessito da existência e confirmação de provas da verdade, para validar a confiança pelo outro ?

Porquê eu abomino que entrem no meu mundo de segredos?
Obviamente porque uns até são segredos para mim próprio com os quais,
não desejo ser confrontado.

Porquê eu tenho sempre um diabinho desconfiado atrás da orelha?
Porquê eu oiço-o e subjugo-me a sua ditadura?
Serei eu surdo ao “anjinho” auto-confiante e iluminado?

Porquê eu tendo a procurar sangramentos onde o sangue não existe?
Porquê quero eu sofrer a nível inconsciente?
Porquê cavo eu a minha sepultura?

Porquê ? Porquê o Porquê ?

Serei eu um caso de vida fantasiada ?
Encararei eu a Vida como real, ou viverei eu na fantasia?
Porquê a minha consciência é contrária aos meus actos inconscientes?
Não seria mais lógico, raramente ceder ao inconsciente?
Não deveria eu levar os meus actos pelo factual e consciente em vez de seguir cegamente as pulsões inconscientes ?

Existirá em mim uma fraqueza do consciente face ao titã inconsciente?

O inconsciente existe, manifesta-se, contudo Porquê em mim é o Consciente que se manifesta e o Inconsciente o “modo” predefinido?

Porque, o Porquê ?

Iluminação de Ideias, ou Alucinação de ideias ?
Humano ou patológico ?
Humanamente patológico ?
Ou, Humano com patologias ?

Penso-me

Existe para mim, em mim,
a dinâmica dos sentimentos,
grandes e grandiosos,
voláteis e pequenos

constato em mim a existência como dinâmica,
circular, oval, circunferência existencial da Vida.

Vida que julgava desenhar, em recta...
as vezes sentidos opostos, nunca em sentido circular...
vejo que o Circulo da Vida, sou eu,
é-me inerente á minha existência.

Que o Passado, faz o Presente.
Que o Presente é o fim do circulo
e o Passado o inicio..

círculos que julgava destinado aos fracos de espírito
aos fracos filósofos do Mundo.
Sou eu agora um deles, fraco entendedor...

desenharei eu círculos diferentes e por isso não os vejo como tal ?
Não saberei eu que termino onde começo?
Terei eu usado outras tintas para o descrever que quando passo pelo final,
não o vejo como o retorno ao inicio?

Triste de mim, não saber onde começo e onde acabo a minha historia.
O meu desenho existêncial.

Vergonha do arrogante filosofo que se julgava entendedor.
Humildade, que se entranha humidamente entre as raízes do Eu.

Telhados de vidro,
vigas com humidade
casa sem janelas,
porta aberta.

Se o circulo não existia antes de eu Existir,
agora que existo andarei em círculos.
Sem fim nem começo, porque tudo é um mesmo ponto.

O Corpo Escuta, a Mente Destoa...

Desmontado,
partido,
reflectido em mim.

Momentos loucos ocorreram na minha imaginação.
Loucos, talvez não...

o Mar chamava-me,
pedras agudas reclamavam a minha existência
o meu Tempo, ordenava o seu fim.
o meu corpo atraído pelo íman da não existência
o material a pedir a sua anulação.

A mente louca pela satisfação, das exigências libertadoras...
aspirando a um corpo mais calmo,
aspirando a uma existência calma...

Espírito que se acobardou
e foi de encontro a um chamamento de carinho

Corpo furioso que não encontrou a satisfação das suas ordens
e desligado seguiu a mente.

Espírito Cobarde, Corpo Ditador.
Dúbio? Não...
Humanamente exigente de si
aspirando a uma atitude correcta e impoluta de criticas.
O Sentido da existência gritou, o corpo ouviu a mente disfarçou.
Mar, rochas, não foi desta.
Perdoem-me.

Derrocada do EU

O Eu desmoronou-se.
Que em si tudo via como equilibro
como ponderação, como irritantemente dúbio...

o Eu, montado em alicerces de madeira
inchada pelo Tempo das Chuvas
rebentou, desmoronou-se
terramoto, maremoto
tufão e ciclone.
Natureza Cármica
Ao reflexo se viu, nojento e porco
rebaixado a nojice humana
não humana,
o negro Fantasma.

Negro fantasma que não veio do Além,
veio de dentro,
veio como o fumo, lentamente fugaz
culminado numa intoxicação mortal

A grande Culpa,
a minha e tão grande culpa chegou.
Minha tão grande só culpa,
que tanto te evitei.

O Eu nada pode contra
o Titã Verdade.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Optar do "verbo" Dilema

O meu mundo é diferente, o meu mundo é surrealista, impressionista, barroco e provavelmente de estilo alexandrino.

Os meus olhos, os meus ouvidos, o meu coração, o meu interior balança na não decisão... espreita para baixo, vê tudo e tudo compreende. Nada escolhe.

Escolher implica optar, optar significa seguir uma opção, em detrimento da outra, significa deixar uma de lado.

Optar por uma visão, por uma filosofia, por uma ideia parece-me um atentado terrorista à mente.

Se optar implica a adopção de uma só ideia, nunca conseguirei pois, optar.

Pois de raiz o meu cérebro não quer excluir hipótese alguma, solução alguma, problema algum.
A minha mente tenta considerar sempre todas e quaisquer visões sobre a coisa, sobre a pessoa, sobre a ideia, todas as opções são válidas, se em sí forem sentidas por alguém.

Num mundo em que há que optar, sinto a minha mente frágil, iludida, surrealista sem um rumo a seguir, sem uma historia a contar, senão todas as historias por ela pensada.

Optar, um dilema...
não por falta de consideração,
mas em si, por exclusão de partes.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Agora




Antes Depois




on-line a bisbilhotar