Alexisandros

sábado, agosto 20, 2005

Pombas Brancas

As palavras voam da minha boca
como pombras brancas
aprisionadas numa pequena gaiola

voam e dispersam-se, notam-se e disfarçam-se...

chegam ao destino,
novos horizontes lembram os antigos,
parecenças diferentes,
conteudos idênticos

o velho torna-se vazio
o novo populado

a gaiola cresçe
com o momento libertaçao gravado
prepara-se para mais pombas
e mais um adeus


assim o mundo fica populado
assim a gaiola cresce,
criando novas pombas
libertando as criadas.

Jovens, como eu.

Como pudemos nós
jovens diferentes e iguais
viver sem o graal do eu.

Enjaulados em nozes

ouvimos:
“somos diferentes”
quando simplesmente nos sentimos iguais.

Amedrontados pela diferença,
ansiosos por viver
odiados e amados
incompreendidos
por uma sociedade sem o Graal.

Todos diferentes todos iguais?
Nao !
TODOS IGUAIS !

Associaçao livre

aqui ...
penso...
nao raciocino.
Liberto associaçoes livres:

eu
confuso
ambíguo
duplo
verdadeiro
falso
honesto
mentiroso
outros
pesos pesados
força
dõr
velho
quebrar
novo
ar fresco
medo
ár
ansiedade
juventude
idealismo
ignorancia
experiencia sem maturaçao
eu

quinta-feira, agosto 18, 2005

Girasois

Relembro
Loucas noites, doces tardes, manhãs renascidas.

Sinto-vos intensamente.

Doces eloquentes
Inquietantes conselheiros
Impulsionadores da Vida.







Amo-vos.





André,
Alexandra,
André,
Andreia,
Ivone,
Paulo,
Hugo,
Sandra,
Alexandre.

Alexandre.

Sinto-me feliz, feliz por sentir de novo esta emoção de saber que existe um corpo, uma alma presa a mim, ao meu corpo, a minha alma. Não existem almas gémeas, mas sentem-se almas complementares, que se aninham uma na outra e se confortam e se elevam ao patamar da felicidade.

Só uma alma sensível pode perceber a outra.

O Passado diz-me que vai bater a porta nos momentos de crise e que estará pronto a empurrar-me pelas escadas abaixo, sei isso, lutarei contra isso.

Elogio esse corpo e essa alma, pois carregou no botão há muito desligado, o botão que torna consciente a busca da felicidade interna. A vóz interior soltou-se e agora faz-se ouvir, faz-se sentir.

Sinto-me. Por isso sinto-te como real!
Alexandre o complementar do Alexandre.

Corpo, alma, mente,
complementam-se e identificam-se pelo mesmo nome,
Alexandre.

Um nome para dois.

Eloquência do Amor.

terça-feira, agosto 16, 2005

Devora-me outra vez

Devora-me outra vez
devora-me outra vez

submete-me aos teus desejos,
aos teus sonhos

desejo ter-te... devorando-me...
educando o meu corpo

Devora-me outra vez
devora-me outra vez

Castiga-me com os teus desejos !

Mas,
devora-me outra vez !
devora-me outra vez !!

Bússula

Quando eu perdí o norte,
outras bussulas se mostraram aos olhos...

Outra se mostrou ao coração,

que não o da terra mas o norte do coraçao
aspiração de um novo norte.
que não o da terra mas o norte do coraçao

a liberdade da expressão contida, desnorteada
agora livre e norteada

Isto nao se agradeçe, vive-se.
Vivo.


on-line a bisbilhotar