Alexisandros

terça-feira, maio 31, 2011

Sou


Sou…

Como a Foz sem rio,

Seco e condenado

Ao lamaçal preso á contemplação

Do sol se por e da Lua se levantar

E todos os dias, secar um pouco mais

Até que não haja Foz, nem lembrança de Rio.

Castigado a ver a Eterna Dança, sem o seu rio..

quinta-feira, maio 06, 2010

Encontro grilhões nos dedos enferrujados.

Queria dizer o quão idiota é a solidão.
A verdadeira solidão, em que nada nem ninguém a tua volta te preenche .
Onde o sonho já não sonhas, mas relembras.
Loucura esta de sentir o já sentido e não conseguir viver o presente.
Como reflexo de outrora, sonho acordado, esperando sonhar a dormir.
Durmo sem sonhar, e acordo esperando por sonhar novamente á noite.

Tolice esta de pensar que a solidão é algo passageiro.
Ingénuo fui em pensar que a semente não iria dar árvore.
Árvore forte e grande esta que semeei e não gosto do fruto que como.
Asfixio com o fruto da oliveira que semeei.
Solidão tóxica que me prende á vontade de evoluir, sem olhar para a terra.
O terreno que piso o chão que fertilizei a oliveira forte que me bloqueia a visão.

Que nem gaivota no Tejo, oliveira imponente a tapar o sol
Criança fico sonhando de olhos abertos, o sonho que sentia.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Alma, desculpa-me.

Lamento ter-te isolado,
A solidão te ter agrilhoado
do toque te ter privado!

mas o coração queixava-se
corria sangue escuro e negro
de tantas vezes ser traído.

Alimentei-te durante anos
Levando-te aos mais nobres sentimentos
Dando-te experiências únicas
Ceias intermináveis
Que do coração,
no raiar do dia,
em lágrimas terminavam.

Agora és tu pequena
E sem luz, aquela que sofre
A calma do coração.
Sem alcançares a nobreza
Da qual nasceste.

sei que o que tens sentido
De ficar sozinha, medo
de não ver cores, terror
de não sonhar, pavor.


O coração sofreu nos teus tempos
E nesta calma azedou,
O bom tornou-se mau.
e agora, és tu quem sofre

o Sonho despertou
As cores secaram
Almas desapareceram.

Neste beco oco da Vida
Não te creio puder alimentar.
Alma abandona-me.
Deixa o corpo seco.
E procura noutra vida.
A prosperidade da Felicidade
que nesta, te neguei.

Prometo te soltar
das amarras da solidão.

Agora vai,
abandona-me,
abandona a solidão!

Mas agora, VAI!
VAI !

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quinta-feira, outubro 29, 2009

Honesto Desabafo

Perdi-me.
Não sei onde me meti.
Não sei quem sou.

Perdi o Norte da alegria
Não encontro a companhia
Da paz-de-espírito.

Desde que o meu avo morreu.
Tudo no meu planeta mudou.
Minha mãe separou-se, a família hostilizou-se.
Guerra acesa e trincheiras formadas.
Amargura das traições
Tristeza dos abandonos.

Já passam anos e tudo parece desnorteado
Liberdade a pulso de ferro.
Sorrisos tímidos e escassos.

Ter uma migalha é hipotecar o futuro
O Presente não é o passado, e não encontro
Sonho para criar outro.

Dia-a-dia passa, rezo para que mais tempo passe
Para puder um dia descansar eterno

Cobarde de mim que nem do passado
Nostalgia sinto.

Cruel e sem valores agarrado a sobrevivência do dia
Perdi valores, perdi pessoas, perdi forças
Olho em redor e não vejo vitorias, contrapartidas
Não vejo futuro.

Sonhador com cores, tornei-me
Um cinza sem memoria.

Coração orgulhoso de altruísmo,
Tornei-me centro de Egoísmo

Sorriso acolhedor,
Para um sisudo sorriso de cumprimento

Desvirtuado; Eu.

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segunda-feira, julho 13, 2009

mais uma pra recordar e aprender

Ok. Não consigo deixar em branco este momento...

Um carrossel de emoções... mais um... eu que julgava já não ter idade para andar em carroceis.
Durante semanas aproveito a felicidade de um ser, um ser pelo qual, sendo honesto não criei expectativas, e apanho o comboio de emoção e bom astral.
O meu espaço, passa a ser partilhado, o meu tempo passar a ser o tempo dedicado. Nao foi intenso, mas foi dedicado.
Exclusivo. Atenção, humor, cabeça, espírito e corpo disponíveis. Como que um um castelo de areia é propositadamente construído para diversão da criança. Na praia cheia de novidades.
Uma, duas, três semanas e já está. Ou como na praia, uma, duas, ou três ondas, já foste!

curiosidade de gato só para saber que onda é que passou na praia...

Odeio que me deixem com vontade de querer.
Odeio-me por querer o que não esperava ter.
Rejeito-me por me dispor sem sentir, e sentir sem me sentir desejado.
Revolto-me com atitudes de descartáveis. Quando me acusam de ser frio ao rejeitar, aqui tenho a paga.

“quando a conta tiver paga, alguém me de um sorriso”

terça-feira, junho 16, 2009

Sérgio, o nome de um conceito

Tantos meses, alguns anos, sem que sentisse o coração amoroso se manifestar, quando se manifesta, cataclismo acontecem.

Numa fortuita noite, de desejo compensatório da solidão, encontro um corpo, mas descubro uma alma.

Tímido, até um pouco gago, não pede o meu número de telm, mas pergunta se o pode pedir.

Um sorriso enche-me o rosto, da meia-luz do lugar pérfido, uma luz ilumina-me.

Sérgio. Alma e corpo num nome.

Nome que me traz uma luz, um sorriso. Alguém que me ligou para saber como eu estava e mais uma vez, com aquela voz tímida e pausadamente, perguntou se puderiamos ir tomar um café, dar uma volta, passear. Conhecer-me. Delirei, sorri deste lado do telm, disse sim.

Como que se uma criança disse-se sim a um doce, ou como uma gaivota procura, junto do mar, a areia lisa e limpa para poisar e descansar.

Conheci, abri um pouco de mim, arrisquei dar-me a conhecer, sem refúgios, sem manias, sem o controlo mental, sem jogos. Estar, Ser... a presença linda e calma, deu-me tempo e espaço para que o Eu se mostra-se sem acessórios nem historia.

Mais tarde houve abraços, beijos, abraços, mais abraços, um abraço apertado. Um suspiro.

Delirei, fui as nuvens e voltei. O negro de meses e anos desapareceu num solstício de verão forte.

Adorei-te, adoro-te.

Vida que me levaste a revelar-me a quem perto de mim não mora, odeio-te.

Destino que maltratas a primeira pessoa que se preocupou comigo, odeio-te.

Sérgio não tens, nem nunca terás, em ti noção do que me fizeste, pelo simples facto de teres sido tu.

Tens em mim um abraço, um som, um desejo constante de te ajudar a superar o teu destino.

Acredita que vais superar, pois já superas-te.

Saudade do corpo, do toque, do som da tua voz a mencionar o cheiro do meu perfume.

Não fica nostalgia, fica felicidade, e um obrigado.

O teu sempre, Alexandre.

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terça-feira, fevereiro 17, 2009

O eu .



O Eu continua a ser um tema de debate em mim
Alvo de argumentação e contra-argmumentações, a defenição do Eu continua sempre a ocupar tempo e comsomir recursos.
Eternamente me debato pelo lado correcto dos pensamentos contra a dose certa do comportamente
Penso agora que os jogos mentais de impulsos, e raciocinios estao cada vez mais esbatidos, menos agressivos e menos agunizantes os processos defitivios de categorização
Cada vez menos me sai pela boca o sentimenO eu .

O Eu continua a ser um tema de debate em mim
Alvo de argumentação e contra-argmumentações, a defenição do Eu continua sempre a ocupar tempo e comsomir recursos.
Eternamente me debato pelo lado correcto dos pensamentos contra a dose certa do comportamente


Penso agora que os jogos mentais de impulsos, e raciocinios estao cada vez mais esbatidos, menos agressivos e menos agunizantes os processos defitivios de categorização
Cada vez menos me sai pela boca o sentimento enaltecido.


Por mais ocorrencias, me vejo a frear o descarrilamento comportamental da ideia filosofada.


Ponderado? Nao... escaldado...


Coerente? Nao...necessidade de definição clara do Eu para os outros...


Estou em constante definiçao. Mas a questao é que agora já nao existe o sentimento que claramente defenia fronteiras, agora cabe ao dia-a-dia definir o ton cinzento que me permite misturar com os outros sem que o eu, seja abrutamente vermelhao
Lamento a perca da cor viva do sentimento, mas agradeço o resultado gratificante que é ser neutro.to enaltecido.


Por mais ocorrencias, me vejo a frear o descarrilamento comportamental da ideia filosofada.


Ponderado? Nao... escaldado....


Coerente? Nao...necessidade de definição ...


Estou em constante definiçao. Mas a questao é que agora já nao existe o sentimento que claramente defenia fronteiras, agora cabe ao dia-a-dia definir o ton cinzento que me permite misturar com os outros sem que o eu, seja abrutamente vermelhao.


Lamento a perca da cor viva do sentimento, mas agradeço o resultado gratificante que é ser neutro.


on-line a bisbilhotar