Alexisandros

domingo, novembro 12, 2006

Msn

a solidão aumenta proporcionalmente aos status dos contactos do msn.

39 on-line

e

485 off-line

uns quantos desconhecidos, que simplesmente compoem o ramalhete...
mais uns outros que nao se sabe muito bem o que sao...

e estando eu aparentemente off-line.

Frontalidade no discurso

Ora vamos lá a ser sinceros, Alexandre

Afinal que tens tu para dar?

Que podes ter tu de especial ?

Ora assim visivelmente...

Tipo... duh...

Cultura falta-te, nem o trivial persuit sabes jogar.

Assim... e... dinheiro ?

Bem... não se pode fazer planos de saidas muito elaboradas contigo, afinal cortas-te sempre...

e... romance?

Tu próprio já não acreditas, como podes dar algo que não acreditas?

Companhia...

Bem essa ate podes dar, contudo é limitada e imprevisível,

Rotativa e ao sabor das nuançes emocionais...

Sexo ?

Bem, mau não é.

Mas é estranho, impraticável pela segunda vez.

Amizade ...

Lol, que amizade é possível com alguém que é um buraco negro das emoções ?

O mesmo se aplica o amor...

Tu extingue-lo !

Frontalidade?

Depende muito dos dias...

Umas vezes atira-la á cara com a maior das durezas

E depois foges dela como o rabo da seringa.

És simplesmente medíocre.

Talvez insuficiente, como as tuas notas, tiradas sempre no limiar da faca.

Assim, não há muita coisa agradável a partilhar contigo.

E como de tristezas já basta a vida,

Antes só que mal acompanhado.

Vamos lá acordar.

Ainda bem que a frontalidade ainda existe.
Foi duro, foi, eventualmente, cruel.
Mas abriu-me os olhos e mandou-me do pedestal egocêntrico abaixo.
“simplesmente não te acho uma pessoa interessante. Não tens nada que me cative. Boa noite”

e assim se terminou um noite, sem ter começado,e uma madrugada nasceu mais cedo, em claro.

sexta-feira, novembro 03, 2006

o meu nome é vergonha


Ontem noite desci fundo.
Levado pelo inconsciente que se eleva durante a noite,
A insanidade e a falta de orgulho próprio dominou-me

O meu consciente ainda dorme, nesta noite em que o rei foi o negro
Rastejei como cobra, expus-me como um rei nu.
Nojento como uma rameira

Hoje, foi o dia que faltava.
Facada no ultimo pedaço de bolo,
Mais não há aqui.

Orgulho e respeito,
Não os tenho.
Não mos dão.
Não os ganho,
E os que tive,
De hoje em diante irrecuperáveis


O meu nome, é o nome do “humilhador” e humilhado.
O meu nome, é o nome de vergonha.

aos olhos do que serei, sou o que nao queria ser.

Não há equivalência
Á solidão aqui descrita
Senão a única e profunda carência.

Este blog trata sobretudo da minha vida,
A minha vida como homossexual,
Marcada com traumas,
Incertezas,
E marcadamente, a solidão.

É solidão para quem lê textos,
Mas quem entende o ser humano,
Vê com outros olhos estes escritos,
Solidão, é a profunda carência afectiva
De quem lê com a cabeça e não com sentimentos

Sou portanto o género de pessoa que me desagrda,
Sou entao, uma, daquelas, pessoas que suga os outros
Sou entao tudo o que não quero.
Para quem me le com a cabeça
Serei um fundo sem fim, onde nenhum amor chega...

... chega para tapar.
O buraco negro que sou.


on-line a bisbilhotar