Alexisandros

sexta-feira, outubro 30, 2009

Alma, desculpa-me.

Lamento ter-te isolado,
A solidão te ter agrilhoado
do toque te ter privado!

mas o coração queixava-se
corria sangue escuro e negro
de tantas vezes ser traído.

Alimentei-te durante anos
Levando-te aos mais nobres sentimentos
Dando-te experiências únicas
Ceias intermináveis
Que do coração,
no raiar do dia,
em lágrimas terminavam.

Agora és tu pequena
E sem luz, aquela que sofre
A calma do coração.
Sem alcançares a nobreza
Da qual nasceste.

sei que o que tens sentido
De ficar sozinha, medo
de não ver cores, terror
de não sonhar, pavor.


O coração sofreu nos teus tempos
E nesta calma azedou,
O bom tornou-se mau.
e agora, és tu quem sofre

o Sonho despertou
As cores secaram
Almas desapareceram.

Neste beco oco da Vida
Não te creio puder alimentar.
Alma abandona-me.
Deixa o corpo seco.
E procura noutra vida.
A prosperidade da Felicidade
que nesta, te neguei.

Prometo te soltar
das amarras da solidão.

Agora vai,
abandona-me,
abandona a solidão!

Mas agora, VAI!
VAI !

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