Alexisandros

segunda-feira, dezembro 27, 2004

tudo tem preço ?!

Disseram-me que o preço de ser boa pessoa
É pago em sofrimento.
Quem me dera ser capaz de matar!

Existo, por isso acredito

Objectivos de vida
Sempre os tive,
Todos os temos,
Os meus turvos, por entre a azafama do dia
As trapalhadas do coração,
Os desvios que faço
E os momentos que paro e os redesenho

Objectivos de um dia o sonho
Ser real, aquilo que tenho como ideal

Quebrar a lei da vida.
Tirar à vida o seu sentido individual
E forçar a natureza a admitir a superioridade humana
Da pluralidade
Vidas

O sabor de uma tarte ser sentida por dois
E as perdas divididas por dois,
Honestidade, sinceridade, frontalidade, familiaridade,
Onde o sal, chega ao destino sem ter sido perguntado onde parava…

Esses dias chegaram, pois eu acredito neles.

Objectivos, todos os têm, não os percam no meio da turbulência
E azafama da vida, mesmo que distantes e incompletos, presentes,
A noção da sua existência leva-os a concretização.

Olhem para mim… sou exemplo.
Pois acredito.

sábado, dezembro 25, 2004

o Americano

I find u with a red tear in your eyes
I ask what is your name, u offer no replay
Shall I call the doctor?
I afraid u may be dead!!!

lembra-me, no Futuro

Estou paralisado, numa cama, entre almofadas,
Choro a partida do meu coração
Vai ganhar asas e voar para fora de mim
Vai – me abandonar, moribundo,
Negro de dor,
Ensanguentado na face,
A força abandona-me
E mergulho ainda mais na loneliness

Força coração voa,
Vai voar, alto, mais alto que nenhum outro
Vai e encanta, segue o teu rumo
Abre o teu caminho
E triunfa!
Mais nenhum ocupara o lugar de divino que te espera
Vai, e senta-te na poltrona que te espera,
Só não me esqueças.

sexta-feira, dezembro 24, 2004

Afrodite

Antes brandava aos céus um pouco de luz, de razão, de prosperidade,
Os céus ouviram-me e mergulhei na razão, superando-me a mim e mostrando a todos que vou mais além.
Fiz de mim alguém com orgulho, superando dificuldades, vencendo obstáculos.

Hoje nada disso me serve, os céus esqueceram-se de mim e só Afrodite me rege.

Conheci um sonho, entranhei-me no sonho e deixei de ser a força da razão e do esclarecimento que fui.
Os céus abandonaram-me e fiquei com Afrodite, Afrodite que me rege, que me faz amar e me faz viver as emoções ao rubro. E que me sujeita ao abandono e as dores do coração

Quando terminar esta regência de Afrodite voltarei a brandar aos céus por Luz, por Razão, uma vez que sofria muito menos e que este meu coração estava mais protegido.

Óh Afrodite, quando te fores ficarei com o coração dorido, repleto de sentimentos belos mas quando te fores não voltes tão cedo, deixa-me curar as feridas que deixas

segunda-feira, dezembro 13, 2004

A Saudade ja chegou.

Sinto que me flagelo ao saber que não serei
Aquilo que pretendo ser
O meu sonho é frustrado na evidência da Vida
Porque aceitei eu ser menos? se nunca aceitei …
E ser menos nestes casos de coração?
Nunca me foi opção, nem hipótese…

Que contarás tu sobre mim?!
Haverá coisas a contar?
Serei eu um entertainer, sem publicidade?
que perguntas me perturbam…
Que dores me flagelam…

A vontade de querer estar no agora
Supera a necessidade de querer ser O, no Amanha…

Virá um amanhecer que me destronará.
Que Me fará chorar sangue
Virá um anoitecer que me embalará
O coração dorido de sangue
Virá o Amanha desconhecido
Que é publicitado no Hoje, minuto após minuto…

O medo desse amanhecer
assusta-me
apavora-me
imobiliza-me,
congela-me
empareda-me
distancia-me

vejo-me mobilizado de tanto medo desse amanhecer chegar

a angustia de correr contra o tempo não me deixa viver de coração limpo o presente
já não consigo mais esconder, abafar, silenciar esta angustia…
sei que me amarguro a cada segundo que calo essa angustia, esse medo, esse pavor…
sei no entanto se não calar essa dor desse Amanhecer
Não viverei o presente com quem amo, no presente.

Vida injusta que me faz julgar sentimentos…
Odeio-te Vida !
…Por me fazeres optar entre o medo e o amor.
Medo de o perder
Amar…
Amor que não perde, que se afasta e que deixa dor que deixa

Saudade do amor

Medo de sofrer.
Vontade de amar.

sexta-feira, dezembro 03, 2004

o Monte do Bonsai Verde

Se um dia o sol cai e todos mergulham nas trevas, e num mundo de pessadelos, onde se matam, se esfaqueiam, se



Imagina, visualiza… um campo, um monte… um campo primaveril, um monte japonês, onde o horizonte tem uma névoa branca…onde as arvores tem folhas amarelas, rosas e brancas… onde não ouves nada senão o teu coração e a tua respiração… onde tudo é eterno e nada efémero, visualiza esse campo, esse monte… esse monte japonês… nesse monte existe um banco de jardim, nesse banco estou eu sentado, de olhos fechados concentrado… concentrado na vida, concentrado na energia das coisas, no chi.

De olhos fechados sinto a energia das coisas passarem por mim, comungo a vida ao sentir essa energia, essa essência da existência, esse chi…

Esse cenário tão idílico, tão fomentador de sonhos, é hoje a minha realidade Tu és, hoje, a minha comunhão com a vida!

Tu és especial, és um bonsai, nesse monte, és a cor verde pequena mas tão grandiosa…Essa tua condição é-te inerente…

És para mim mais que a Vida, és o símbolo da Existência que já antecede a Vida…

A tua existência não é mera acaso, és a essência da Existência!


on-line a bisbilhotar