Alexisandros

terça-feira, junho 16, 2009

Sérgio, o nome de um conceito

Tantos meses, alguns anos, sem que sentisse o coração amoroso se manifestar, quando se manifesta, cataclismo acontecem.

Numa fortuita noite, de desejo compensatório da solidão, encontro um corpo, mas descubro uma alma.

Tímido, até um pouco gago, não pede o meu número de telm, mas pergunta se o pode pedir.

Um sorriso enche-me o rosto, da meia-luz do lugar pérfido, uma luz ilumina-me.

Sérgio. Alma e corpo num nome.

Nome que me traz uma luz, um sorriso. Alguém que me ligou para saber como eu estava e mais uma vez, com aquela voz tímida e pausadamente, perguntou se puderiamos ir tomar um café, dar uma volta, passear. Conhecer-me. Delirei, sorri deste lado do telm, disse sim.

Como que se uma criança disse-se sim a um doce, ou como uma gaivota procura, junto do mar, a areia lisa e limpa para poisar e descansar.

Conheci, abri um pouco de mim, arrisquei dar-me a conhecer, sem refúgios, sem manias, sem o controlo mental, sem jogos. Estar, Ser... a presença linda e calma, deu-me tempo e espaço para que o Eu se mostra-se sem acessórios nem historia.

Mais tarde houve abraços, beijos, abraços, mais abraços, um abraço apertado. Um suspiro.

Delirei, fui as nuvens e voltei. O negro de meses e anos desapareceu num solstício de verão forte.

Adorei-te, adoro-te.

Vida que me levaste a revelar-me a quem perto de mim não mora, odeio-te.

Destino que maltratas a primeira pessoa que se preocupou comigo, odeio-te.

Sérgio não tens, nem nunca terás, em ti noção do que me fizeste, pelo simples facto de teres sido tu.

Tens em mim um abraço, um som, um desejo constante de te ajudar a superar o teu destino.

Acredita que vais superar, pois já superas-te.

Saudade do corpo, do toque, do som da tua voz a mencionar o cheiro do meu perfume.

Não fica nostalgia, fica felicidade, e um obrigado.

O teu sempre, Alexandre.

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