Alexisandros

terça-feira, janeiro 25, 2005

Onde o incolor é cor...

Sinto que estou em chamas
Chamas desvirtuadas de cor

O vermelho que me fazia vibrar
Já não há

O branco que me adormecia,
Já não aparece

O amarelo que me acordava,
Foi-se embora

O verde do meu sorriso,
Secou.

O preto da saudade,
Caiu.

O azul Klein,
Deixou-me.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Nesta Noite de Desalento

Nesta noite de desalento
Só as recordações me alentam,
Pois te lembram.

Não te perdi, no entanto não te tenho,
Como custa…
Hoje só queria ver-te… mesmo que de longe…
Espreitar pela fechadura da Vida e ver-te lá longe a interagir com outros, a rires, a dançares…
Ah como me fazes falta aos olhos, à alma, ao coração…
O Sol já não se levanta,
A musica já não se ouve,
Assim como os pássaros, que ficaram mudos.

Parece-me tudo revirado do avesso, sem sentido, sem cor nem luz.
Queria-te aqui!
No entanto estás por lá, longe…
Entregue à vida, entregue a ti.
Lutas cada minuto para te manteres.
Fascinas-te e assustas-te como uma criança na feiro popular.
Queria por a mão no teu ombro quando te assustas
Queria rir contigo…

Oh que triste estou,
Pareço morto, negro, preto, escuro.
Ainda agora te foste… mas…
Volta luz.

domingo, janeiro 09, 2005

disseram-me que ...

"Nunca deixes aquilo que amas por aquilo que desejas, pois aquilo que
desejas te deixará pelo que ama.."

Vagabundos de nós.

Quando um coração bate, bate para sempre
Não há distancia que apague o amor,
Nem o diminua na intensidade,
Só a Morte separa,
A Vida junta e alimenta
O Fado é tocado por humanos
O Amor é dado pelos Deuses

No fim só o que é Divino prevalece
E quando os humanos amam,
São dois novos deuses que habitam o Eterno

Na simplicidade entre Humanos,
Na beleza e nobreza, entre Deuses
Nós, vagabundos de nós
Juntos no Etéreo.
Por amarmo-nos.

A Vida deu-me algo Belo.

Confronto-me com a incerteza sobre o que escrever, até hoje escrever lágrimas sempre foi fácil, Hoje esboçar um sorriso, em palavras, é-me difícil.
Metáforas invadem o meu intelecto e mostram-me duas mãos agarradas noutras duas, umas que se vão, mas que deixam o toque, o cheiro, o calor do corpo, corpo que se vai. Duas gaivotas que voando sobre a beira-mar se afastam, vendo-se ao longe, encontrando-se mais tarde quando o Sol se puser…
Vivo um momento histórico na Vida do Eu.
Os meus olhos foram limpos da fumaça nocturna, deixando-me ver o nascer do sol, sob olhar de outros belos olhos que me seguram as mãos e me confortam e encorajam a olhar directamente para o Sol, me ensinam a contemplar o Belo da vida.
Que esses olhos voem para além do horizonte e se encantem com o futuro no presente, com o Sol ao lado e todos os astros que lhe indiquem o caminho. Ele que voe, que o faça pela musica, pelo amor, por todos os que o cercam…
A tristeza já não impera no meu coração, a fatalidade desvaneceu-se aos meus olhos que agora vêem para além do horizonte do toque. Vejo o horizonte da alma, que o não tem.
Coisas belas são as que vejo agora, nobreza.

Eu fico-me neste horizonte sem horizonte, com o sentimento intenso e entranhado de amor.
Amor que faz rodar o Mundo,
Esperança que segura o Mundo,
Coragem que faz brilhar o Mundo,
Ternura que aquece o Mundo,
Sentimentos arquitectos do Mundo

Para quem passa o horizonte, sem horizonte, esse que é o Arquitecto dos Sentimentos de quem fica.
Amor faz criar,
Esperança conforta o presente,
Coragem abre caminhos,
Ternura faz-te nobre.

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Passeio, reluzente.

Passeie pelos jardins suspensos
Andei pelo paraíso nocturno,
Sob a luz de estrelas,
Imponentes humanas,
Aguas de Luz,
Cultura na terra prometida,

De mão dada e olhos postos
Nele,
O único que irradia luz
Nos meus olhos que transluzem
Felicidade,
Saudade salgada

Paladar de beijo
no escuro da noite,
só à luz dos meus olhos.

Ultimo passeio pelos jardins...
Já soube a despedida salgada,
Contida.

Salgada luz dos meus olhos
Que se despedem dessa tua imagem
Iluminada, na noite
Tão linda como fria.

domingo, janeiro 02, 2005

Guardo para nao perder...

Guardo conversas,
Pequenos-almoços,
Almoços e jantares,

Musicas e danças,
Beijos e toques,
Mensagens e sorrisos

Choros e abraços
Guardo tudo teu,
Em pequenas caixas,
Pacotes de açúcar,
Um desenho
E um bilhete de concerto
Dois de cinema,

Guardo
Em arquivos no PC
Em CD´s
Guardo-te
Para relembrar-te

Para voltar a sentir-te
Não só através das memorias
Mas pelos sentidos
Que tocam a alma

Que belos meses vivi contigo
“My Sweet November” and December.

Agora que te vais,
Ficas mais cá do que partes,
Embora sinta que vai mais do que fica.
memorias saberam sempre a pouco.
Klein, Boa viagem,
meu amor.


on-line a bisbilhotar