Alexisandros

sexta-feira, setembro 23, 2005

o Tempo do Barro

Sinto

Mais em mim, que no Mundo...
uma vontade de mudança.

O material mudou
a plasticína foi-se.

A plasticína molda-se
desmolda-se, molda-se, desmolda-se...

constroie-se para rir segundos
destruir e tornar a construir.

A plasticína passa...

O Tempo agora é do Barro

Requer tempo a moldar...
tenta-se por na materia
um pensamento, uma sensaçao metafísica.

O barro molda-se e desmolda-se
mas torna-se a moldar para cozer.

É para ser admirado, sentido, relembrado
é uma moldagem alongada,
perdurada, pela força do querer...

o Tempo é do Barro.

sábado, setembro 17, 2005

Aliança

Uma campainha toquei
o sonho e o futuro vieram num só desejo

humanizado naqueles olhos castanhos, profundos, claros.

Abraçei o desejo,
entreguei-me.

Uma roupa vestí, como num batismo
o metafisico encorpou-me,
o vinho me acompanhou

os olhos seguem os meus,
os meus aqueles olhos.

Ouvía sons do mundo, sentia-o...
saboriei...

o Templo em escombros
sonhado, eregido, pelo Humano
abriu resplandecentes portoes


O Humano rezou
OTemplo abençou.
A aliança formou.

sexta-feira, setembro 02, 2005

Um ser Narcisico


tanto tempo sem olhar-me no espelho,
agora quase me afogo nele.

de gordo a nao gordo
de borbulhento a barba-mal-feita
tantas alteraçoes no meu corpo

mas um templo que agora venero.
o meu corpo é um templo.

quinta-feira, setembro 01, 2005

Diletantismo

Faço ciência sem me convencer
rezo, sem acreditar.

Sempre me conheçí diletante,
aluno obstinado, professor incerto

os olhos são os mesmos, o corpo igual
as atitudes estranhas, incompreensiveis.

A imagem do eu, é inocente, claro,
o eu é perverso, carregado

Julgo-me com os olhos no antes
Vivo o agora sem ter vivido o antes

Diletante do passado
Diletante no presente

Futuro diletante, olhos húmidos
Côres de outono.


on-line a bisbilhotar