segunda-feira, outubro 24, 2005
Branco-pureza

do puro, do imaculado...
esse não está nas vestes,
de uma noiva a caminho da eternidade
ou código moral....
de um sacerdote de claustros.
Penso que esse branco
vive no âmago do Eu,
nas pulsões Freudianas...
nas espontaneidade do inconsciente
na burrice ingénua que não espera o negro.
O Eu é “branco” quando,
simplesmente não põe o negro como hipótese.
"Boa Tarde"
á dias... vinha eu a sair do prédio...
está o rapaz da publicidade a meter as coisas nas caixas...
imperou o silencio, nem olhares trocados
somente aquela sensação de, esta mais alguém.
não se ouviu nada,
embora eu tenha ouvido em mim “boa tarde”,
sai, sem que se tenha ouvido mosca...
saí e fiquei a pensar...
será que não se ouviu o “boa tarde” ?!!!
Por o rapaz ser negro ?
Por ser da publicidade?
Por não ter dito ele primeiro ?
Por de facto não dizer bom dia por quem passo?
Se fosse um carteiro, aprumado ouvir-se-ia?
Fiquei a pensar...
ainda penso...
está o rapaz da publicidade a meter as coisas nas caixas...
imperou o silencio, nem olhares trocados
somente aquela sensação de, esta mais alguém.
não se ouviu nada,
embora eu tenha ouvido em mim “boa tarde”,
sai, sem que se tenha ouvido mosca...
saí e fiquei a pensar...
será que não se ouviu o “boa tarde” ?!!!
Por o rapaz ser negro ?
Por ser da publicidade?
Por não ter dito ele primeiro ?
Por de facto não dizer bom dia por quem passo?
Se fosse um carteiro, aprumado ouvir-se-ia?
Fiquei a pensar...
ainda penso...
Não me oiço com clareza


Tento silenciar tudo e todos.
Para em mim deixar fluir o som da verdade
Aquele circulo dinâmico sentimental que tanto me orgulhava controlar.
A clarividência é hoje uma afronta a minha sanidade emocional
tento ouvir-me, mas oiço um burburinho de fundo...
sons do passado... sons freudianos
sons dos outros universos... que não são o Eu.
O passado vive em mim, fala para mim,
não o consigo ignorar, não o devo fazer.
Sentir em mim o que fui só me ajudará a saber o que serei.
Os sons do presente ecoam no passado...
e vislumbram o futuro desconhecido...
o Presente vive-se analisando o tempo dos sons.
Receoso do presente,
ansioso medroso pelo futuro
seguro no presente.
Tempos que não me largaram nunca
sons que oiço, sinto, vejo, cheiro,
Sons do Eu... ( ou não )
domingo, outubro 23, 2005
terça-feira, outubro 11, 2005
Dilema
Imaginem que a Água se zanga com a Terra...
Imaginem que a Terra se zanga com a Água...
como poderam existir flores ?!!!
Como o simples mal-me-quer ?!!!
Ou a elaborada órquidea ?!!!
Os dois Elementos estão contrários...
O próprio objectivo,
para o qual os próprios Elementos foram criados,
morre...
Imaginem que a Terra se zanga com a Água...
como poderam existir flores ?!!!
Como o simples mal-me-quer ?!!!
Ou a elaborada órquidea ?!!!
Os dois Elementos estão contrários...
O próprio objectivo,
para o qual os próprios Elementos foram criados,
morre...
sexta-feira, outubro 07, 2005
Abismo
Abriram o poço,
errompem-se
lavas vulcanicas
as Bestas do Passado estao livres e soltas
espectros da Morte invadiram o Mundo do Vivo
mordem-lhe a carne e sangramentos correm no chao
pisadas ensanguentadas apontantam o caminho dos espectros
horror!!!
horrores!!!
panico do meu íntimo faz tudo tremer!
errompem-se
lavas vulcanicas
as Bestas do Passado estao livres e soltas
espectros da Morte invadiram o Mundo do Vivo
mordem-lhe a carne e sangramentos correm no chao
pisadas ensanguentadas apontantam o caminho dos espectros
horror!!!
horrores!!!
panico do meu íntimo faz tudo tremer!