Alexisandros

terça-feira, julho 04, 2006

um fechar de olhos ...

Ai como é estranho este momento de passagem da minha vida.
Nada é como foi, nada é como esperei.

Ando doido com todos, aborrecido com tudo.

Agora fechei os olhos, e num bafo de um cigarro envenenado
Imaginei-me por momentos num grande campo de relvado, numa mesa de toalha branca, uma cadeira de madeira, um doce café vicioso, e sei que lá estava uma presença que por detrás me abraçava. Os seus largos ombros, idealmente concebido no século da falta de auto-estima, eram forte e agarravam-me como se eu fosse tudo, e eu abraçado sentia-me esse todo...

Oiço ao longe um chilrear, ao perto uma respiração forte mas suave.
Ao longe vejo um lado, ou será um rio? Não sei ao certo. Não é o mar...
Umas arvores fazem sombra no meio do campo...
Não vejo mais nada, mas sinto tudo.

Parece que todos os sentimentos de calmaria, paz, equilíbrio, o eterno equilíbrio, estão presentes neste piscar de olhos curto, neste bafo envenenado.

Dupla identidade, aqui...
O eu de olhos abertos, e o eu de olhos fechados.


on-line a bisbilhotar