Alexisandros

domingo, abril 22, 2007

Um ano

Sinto-me um inconstante,
um pedregulho, no meio do lago
Arremessado faz ondas, sons, movimento
Mas deixado, largado, não se mexe.

Não me mexo há já algum tempo
Pedregulho imóvel
No fundo sem ar, mas numa aparente calma …

Calma de um lago sem riachos,
Sem cascatas…
Simplesmente redondo, calmo, silencioso.

Frio e grosseiro, Pedregulho.
Que cabe num peito, mas não cabe numa mão

Mão sem calor,
Peito sem respiração
No fundo do lago,
Calmo.
Sem som
Sem movimento
Mas com uma calma que só o lago trás

Um, uníssono, uivar, na noite
Um só cantar pelo amanhecer
Um pedregulho, no fundo do lago.

1 Comments:

  • "Frio e grosseiro, Pedregulho.
    Que cabe num peito, mas não cabe numa mão"

    ATENÇÃO: ESTA NÃO É UMA ESCRITA COMUM...

    Já ouvi isto em qualquer lado...

    Talvez sejas tu que o dizes sem querer às pessoas que passam e marcam.

    Gostei do escrito...

    Está peculiarmente profundo!

    By Blogger Márcio, at 12:40 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home


on-line a bisbilhotar