Depressao
Negra que há em mim,
Fala, escreve por mim,
Boca e dedos não me obedecem
É ela, a Depressão que fala, que se exprime
Tem força suficiente para me anular
E comandar o meu corpo inerto, ocioso.
Deixo-a,
Deixo-me levar por ela, sem contra a maré remar
Pois sei que o rio tem no fim, não num oceano negro,
Mas numa praia azul Klein
É como um balão de criança
Que ao esvaziar faz barulho e estrilho
Afasta tudo e todos com o susto da revelação
Mas que quando sem ar, morre e é deitado fora.
A minha vida é isto, enche e vazia.
Deixem-me esvaziar a negra depressão,
Não desapareçam pois, vou voltar a rir para vós.
Fala, escreve por mim,
Boca e dedos não me obedecem
É ela, a Depressão que fala, que se exprime
Tem força suficiente para me anular
E comandar o meu corpo inerto, ocioso.
Deixo-a,
Deixo-me levar por ela, sem contra a maré remar
Pois sei que o rio tem no fim, não num oceano negro,
Mas numa praia azul Klein
É como um balão de criança
Que ao esvaziar faz barulho e estrilho
Afasta tudo e todos com o susto da revelação
Mas que quando sem ar, morre e é deitado fora.
A minha vida é isto, enche e vazia.
Deixem-me esvaziar a negra depressão,
Não desapareçam pois, vou voltar a rir para vós.
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